O embaixador Osvaldo Orico registra que outrora era comum adornar as salas com vistosas conchas de caracol. Era sintoma de bom gosto possuir sobre os consoles aquelas espécies coloridas que a ciência batizou com apelidos arrevezados. As crianças vinham ouvir, no côncavo do búzio, se a maré estava na enchente ou na vazante. A moda passou, e as famílias retiraram de suas salas os rosados caracóis. A transição foi rápida, porque espalhou-se a lenda de que objetos tirados do mar davam azar.
Osvaldo Orico - Embaixador, escritor, folclorista, membro da Academia Brasileira de Letras O trecho presente foi extraído do livro “Vocabulário de Crendices Amazônicas” - Cia. Editora Nacional. Rio de Janeiro, 1937.
Pé de pato, mangalô, três vezes |
Escrito por Bruno Hoffmann |
Não adianta tentar escapar. Mesmo os mais céticos são um pouco supersticiosos. “Evitar superstição já é outra superstição”, dizia o filósofo inglês Francis Bacon. A máxima vale ainda mais em terras brasileiras. A mistura de lendas indígenas, europeias e africanas criou vasto cardápio de crenças e mandingas.
Boa parte de nossas crendices está ligada a religiões populares do Brasil, como catolicismo, umbanda e candomblé – e, em muitos casos, a uma mistura das três. A superstição baseia-se na fé ou no medo. Se tal ritual não for cumprido, “coisas más hão de acontecer”. E que ninguém ouse desafiar as forças
|
Superstição: crença ou noção sem base na razão ou no conhecimento, que leva a criar falsas obrigações, a temer coisas inócuas, a depositar confiança em coisas absurdas, sem nenhuma relação racional entre os fatos e as supostas causas a eles associadas; crendice, misticismo.
Pelo sim, pelo não, o povo continua com suas crendices e misticismos. Afinal, como reza a sabedoria popular: se bem não faz, mal não há de fazer.
Right or wrong, I simply admire seashelves so much. They are for me as beautiful as flowers, a gift sent from the ocean to us.
My own home is full of them. It makes me happy to look at them. A month ago, I had a guest at home that did not feel well in my guest toillet because he saw many of them. What can I say? I am sorry for him.
Although I am an "earth" person, I feel perfectly fine when surrounded by the other elements. I simply enjoy so much being on a boat, I am very good at lighting fireplaces and I feel comfortable when on a plane. This is good enough, isn't it?
Comentários
http://cintillantealvarenga.blogspot.com/