Para chegar até lá você tem que ir até
Playa Del Carmen e pegar um ferryboat. Não sei se é sempre, mas no dia que fui
tinha música ao vivo e um bando de brasileiros e no fim a banda só tocava
música brasileira e todos cantavam. Foi uma farra engraçada e inesperada.
Cozumel é a maior ilha do México, tem 14 km
de largura e 50 km de extensão.
Esta escultura em bronze é linda, mostra os
mergulhadores, peixes e corais com muitos detalhes.
Em primeiro plano, uma escultura de andorinhas. Isto porque a ilha era
chamada pelos maias de "Cuzamil-Pectin", lugar das andorinhas. Os
maias acreditavam que Cozumel era o lar espiritual de Ixchel, a Deusa da
fertilidade e do amor. As mulheres maias vinham de todas as partes deste grande
império para adorá-la em seus santuários na ilha. Diz a lenda que Ixchel
agradecia às mulheres por terem lhe dedicado templos enviando seu pássaro
predileto como sinal de gratidão.
Acredita-se que os maias tenham se instalado
na ilha há mais de 2000 anos para comercializar os frutos do mar que lá são
muito abundantes. As conchas eram coletadas como um dos ingredientes do estuco
que era muito usado no continente.
O oceano também fornecia outros itens
valiosos como dentes de tubarão, espinhas de arraias e outras conchas que eram
usadas para rituais.
Fábrica de Tequilas.
Uma das lojas de charutos
cubanos.
O explorador espanhol Juan de Grijalva
chegou pela primeira vez em Cozumel em 1518. Um ano depois chegou o açougueiro
Hernán Cortés. Estes conquistadores impiedosos invadiram a ilha destruindo tudo
que havia pelo caminho. Até hoje se especula se os espanhóis trouxeram a
varíola de propósito ou não mas o fato é que ela se espalhou entre os maias e
aqueles que não morreram foram algemados e enviados para Cuba como escravos.
Entre 1519 e 1570 a população caiu de 40
mil para três mil. Por volta de 1600 a ilha estava praticamente às moscas. Logo
se tornou uma base para os piratas que se escondiam em suas inúmeras enseadas e
aterrorizaram o Caribe nos séculos 17 e 18. Em 1848 Cozumel foi retomada pelos
maias e vieram também refugiados espanhóis brancos da longa e sangrenta
"Guerra das Castas" do continente. Aos poucos foi sendo habitada
novamente e em 1910-1917 com a Revolução Mexicana, houve reforma agrária e
liberdade para os Isleños.
A popularidade do novo "doce"
chamado chiclete nos EUA acabou levando a ilha ao crescimento. Cozumel era o
port-of-call do chiclete e do coco na rota de exportação para a América
Central. Durante a Segunda Guerra Mundial a Força Aérea Americana construiu uma
base lá para lançar aeronaves em busca de submarinos alemães (U-boats). O
primeiro hotel, o "Louvre", abriu em 1924. Depois da crise econômica
dos anos 30 o desenvolvimento turístico estagnou.
Os mergulhadores começaram a chegar à ilha
nos anos 50 com o advento dos equipamentos modernos de mergulho. Jacques
Cousteau e sua equipe descobriram o paredão de recifes bem perto da costa da
ilha e declarou ao mundo que aquele era um dos lugares mais incríveis do mundo
para mergulho. Depois disto, já viu, né? Por volta de 1970 a população cresceu
rapidamente para 10 mil e com a chegada do turismo aquela ilha antes desolada
se tornou a joia do Caribe Mexicano. Hoje tem uns 100 mil habitantes.
No meu pacote tinha refeição incluída mas eu
vi logo que seria coisa pra turista e eu queria experimentar uma comida caseira
autêntica. Vi esta casa simples com cardápio na porta e entrei. É um
restaurante dentro da casa da família.
Algumas mesas no quintal vazio por
causa dos borrachudos. Preferi sentar lá fora, sozinha, porque estava mais
fresco. Fui super bem atendida, comida ótima, as tortilhas mantidas quentes
dentro duma espécie de bolsa de tecido, experimentei a água de hibiscos
(bobinha de tudo) e ...
..ainda pude ver de perto o altar particular da família do Dia De Muertos.
Adoro estas "bandeirinhas"
típicas que se vê pra todo lado e acabei achando pra comprar na Papelaria
Cancún, super escondida no centro de Cancún.
Comentários
É tudo tão colorido, bonito, diferente. Gosto muito das músicas mexicanas também.