As casas então foram invadidas por famílias pobres e imigrantes, dando assim origem aos cortiços, conhecido como "conventillos".
Há artistas de rua tocando e dançando tango, bem como restaurantes e bares com mesas na praça.
Abaixo, o Bar Plaza Dorrego. Super antigo e bem localizado. Me sentei ali para um café e não queria me levantar mais de tão cansada.
Fui num domingo e neste dia tem uma feirinha extensa que ocupa uns 11 quarteirões da Calle Defensa.
O ideal é começar caminhando desde a Plaza De Mayo até a Praça Dorrego onde tem a tradicional feira de antiguidades. O movimento de pessoas é intenso. Mesmo com tanta gente, percebe-se os lindos casarões do século XVIII e XIX, as ruas de pedras, o tango e a alma boêmia do bairro.
O bairro cresceu ao redor da Igreja de San Pedro Telmo e com o desenvolvimento do porto, foi um dos mais populosos até a epidemia. Por ser ao redor do porto, San Telmo não demorou a ser invadida pela onda de imigração do século XIX, o que começou a mudar radicalmente a fisionomia de suas ruas. No meio do movimento de gente, música e mil barraquinhas achei esta artista incrível, Mercedes Bascary. Ela faz um trabalho lindo e delicado em papel mache. Todas as figuras são muito leves, com movimento. Adorei.
Esses imigrantes, a maioria dedicados ao artesanato e ao comércio, foram imprimindo seus costumes ao lugar que desde então tem sido caracterizado por suas feiras de rua. Lá também acabei conhecendo o Gustavo Ferrari, do qual acabei comprando um livro do seu mestre sobre filete porteno que contei AQUI. O Gustavo faz uma pintura perfeita. Vejam o SITE DELE
Foi
depois de 1970 que San Telmo começou a ser apreciado; antigos edifícios foram
restaurados, e muitos edifícios de mais de 100 anos foram declarados patrimônio histórico da cidade.
Mercado de San Telmo foi inaugurado em 1897. Tem fachada estilo italiano e interior com estrutura de ferro, com telhados de chapas e de vidro. Tem algumas das melhores lojas de alimentos do bairro. O mercado tinha barracas, açougue, peixe, legumes, floricultura, padaria e sapataria. Logo se tornou um dos lugares favoritos para os moradores de San Telmo. Em 2001 foi declarado Patrimônio Histórico Nacional. À noite tem shows de tango. Aqui é meio perigosinho quando escurece.
Na Calle Defensa tem muita coisa para ver além da feirinha que toma toda a rua. No inicio já tem a Farmácia de La Estrella,
Uma viagem no tempo. Um luxo de arquitetura e história.
Tem também por ali o Museu Zanjon com uma história curiosa. Na década de 1980, o engenheiro argentino Jorge Eckstein comprou uma casa abandonada em San Telmo com o objetivo de reformá-la e fazer um restaurante. Durante as obras, entretanto, ele teve uma surpresa que mudou sua vida: um desabamento deixou à vista uma antiga cisterna e o teto de um misterioso túnel. Essa foi a origem do que é hoje um incrível museu. Se você estiver de férias em Buenos Aires, vale a pena fazer uma visita guiada e conhecer um lado da cidade que quase ninguém conhece: o subterrâneo.
Tem o Museo de la Ciudad com peças originais das carroças e placas pintadas com filete porteno.
Como disse, na Calle Defensa tem literalmente de tudo um pouco e muuuitas antiguidades, cacarecos e coisas lindas.
Imagino que passear por lá durante a semana seja uma outra aventura pois sei que deixei de ver muita coisa.
Adorei esta loja OhMyLove Tienda com artesanato muito original. Tudo diferente mesmo.
Esta Wonder Woman já se mudou aqui para casa.
Na esquina com Chile fica sempre um monte de gente, todos querendo tirar uma foto com a estátua da Mafalda, a personagem criada pelo cartunista argentino Quino que morou por ali. Eu entrei na fila também, rsrsrs
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