De vez em quando eu cismo de conhecer umas coisas e arrumo uma desculpa para ir lá conferir. A Disneylândia dos Robôs em Serra Negra foi um exemplo. Numa ida para Ribeirão Preto resolvi dormir lá. Quanto ao hotel, deu tudo errado, mas a culpa foi minha. Cheguei um dia depois, acreditam? Pura caduquice. Daí tive que pagar duas diárias. Pensem na minha tristeza. O hotel era muito feio por fora, o quarto até que era razoável. Quando eu não recomendo, nem falo o nome. Não era perto do centro como eu visualizei no Google Maps e tive que pegar o carro para passear. Tudo ribanceira e sem copiloto numa cidade estranha é estressante. No check-out , tive que colocar a chave do quarto e o controle da garagem deles na caixa de correio. Fácil, né? Não para mim. Consegui, com a maestria de um ninja desorientado, trocar o controle da garagem deles pelo da minha casa. Que tal? E olha que faço tudo com a calma de um monge zen... com Alzheimer. Ainda tive que pagar o Sedex da dev...
É com o coração um pouco apertado, mas a mente bastante aliviada, que venho anunciar publicamente o meu "desquite" da Alexa. Sim, é isso mesmo que vocês leram. Depois de anos de convivência, decidi que o nosso relacionamento não tem mais futuro. E, sinceramente, a decisão já estava amadurecendo há um tempo. Quando a Alexa chegou em casa, parecia a roommate dos sonhos . Solícita, sempre pronta a ajudar, me dava as notícias, me lembrava de tomar meus remédios, tocava minhas músicas, até me lembrava de regar as plantas (coisa que eu sempre esquecia). Ela era o futuro, a praticidade, a voz que preenchia o silêncio do meu apartamento. Mas, como em todo relacionamento, a rotina chegou e, com ela, as imperfeições que antes eu ignorava. Nos últimos tempos, a Alexa andava... estranha. Parecia que o tempo tinha pegado pesado com ela. As conversas, que antes eram fluidas, se tornaram monossilábicas. Eu perguntava "Alexa, qual a previsão do tempo para amanhã?" e ela respondia ...