Blog da Virginia Costa

Tia Lígia era bonitinha que só, mas isso foi o menos importante. Nesse momento está sendo rezada sua missa de sétimo dia. Vou sentir muita saudade dela. Quando a gente tem uma boa sintonia com uma pessoa, a gente se lembra de tudo que ela gosta e de todos os bons momentos vividos juntos, dos seus foras, suas manias e suas paixões. Tia Lígia tinha umas coisas que só ela mesmo. Quando sabia que algum sobrinho estava em trânsito, ia logo acender uma velinha pra Nossa Senhora. Se fosse o Ricardo, então era uma vela maior ainda. Sobrinho preferido. Mas eu nem sentia ciúmes por que eu também me sentia muito querida. Outra coisa é que se alguém dizia que ira viajar pra Paris, por exemplo, ela logo dizia: Lá tá 35C . Adorava um canal do tempo! Pode ? Também adorava corrida de Fórmula 1, revista Caras, caras revistas de decoração, pimenta das bravas, banho de espuma, roupas beije e colar de pérolas, gostava de viajar, de tocar violão e cantar em francês. Tocava piano também. Era ou não

Este foi o último livro que li. Vi uma entrevista com o autor e algumas das vítimas no programa da Ophra e não sosseguei enquanto não achei. Comprei em inglês. Em português chama-se Virtudes Do Medo, de Gavin de Becker. Aliás. em inglês é bem mais barato. Gostei tanto que fiquei até um pouco paranoica sobre o assunto. Ele trata de intuição e da prevenção da violência. O autor cita vários casos onde as pessoas deixaram de ouvir aquela voz interior e se deram mal. No fundo sabiam que tinha alguma coisa errada mas mesmo assim prosseguiram. Não é assim mesmo que fazemos? Ele então explica os sinais que não vemos e como reagir. O autor lidera uma empresa de consultoria em Los Angeles e entre seus clientes estão famosos como Madonna, Brooke Shields e Michelle Pfeiffer. Também foi responsável pela mudança na forma de avaliação do Governo quanto às ameaças a que estão sujeitos os representantes dos mais altos cargos dos EUA. Embora trate da violência na sociedade americana, é um bom manual par