Reza a lenda que é gripe e tombo. Tiro e queda. Mas eu acrescentaria que além desses dois, ainda tem o viver no passado.
Por uma questão de sobrevivência, tento mentalizar que meus antepassados próximos sobreviveram à gripe espanhola e que por isso tenho uma certa imunidade. Juro, só me lembro de uma gripe na minha vida, chamada Vitória, há uns 40 anos quando estive em Viena. Não achei nada no Google sobre ela mas com minha péssima memória posso afirmar que se eu me lembro dela e que se ela teve até nome, pode ter certeza de que existiu.
Enfim, eu sonhava em assistir a um show dos cavalos da Escola Espanhola de Equitação de Viena e quando fui fazer um curso na Alemanha, organizei para ir para Viena. Só não sabia, naquele tempo, que era para ter reservado o espetáculo seis meses antes. Estamos falando de 40 anos atrás, sem internet. Nem sei como cheguei na Alemanha, imagine na Áustria. Me lembro que fui de trem com uma brasileira e que logo que chegamos em Viena já nos sentimos mal e que ficamos uns dois ou três dias no hotel sem conseguirmos falar nem na recepção do hotel, tamanha fraqueza. Eu não tinha forças para ir à farmácia e nem ligar para ninguém. Enfim, como Deus é paizão, os dias passaram, melhoramos e descobri que poderia ver pelo menos o ensaio dos tais cavalos. Me lembro perfeitamente de estar com muita febre no recinto lindo onde eles se apresentam, meio que pendurada, encostada numa coluna enorme, mas assisti o ensaio deles. Foi lindo. ✅ Sonho realizado, bem ou mal.
Apesar da gripe, também consegui ir até à famosa confeitaria onde servem a conhecida Sachertorte. ✅ Só faltava mesmo participar de um baile com as valsas do Strauss, hehehe. Pior do que essa gripe, acho que não vai ter. E não me lembro de outra até hoje, só resfriadinho.
Tá, segunda coisa que mata velho: tombo. Aí eu sou campeã! Que droga! Me lembro de todos os meus tombos mas o pior deles, o que quase me matou recentemente, eu não me lembro.
Na primeira semana quando me mudei para o apartamento onde moro hoje, saí toda faceira, com roupa de atleta para caminhar na praça bem pertinho. Na segunda volta tropecei e...me lembro tanto...ia cair..de cara no chão...tenho que escolher onde vou me machucar menos, na pista ou na terra? Aterrissei na terra. Me lembro de planar escolhendo onde me esborrachar. Nosso cérebro é incrível. Deu tempo de escolher. Daí, claro, veio gente me acudir, uma senhora mais antiga que eu e um moço. Tudo bem. Voltei para casa chorando, com ódio da praça, do apartamento, de mim, do mundo. Como é bom chorar de dó da gente, né? Eu choro sempre que caio ou levo choque, mas é pelo susto.
Joelhos bem ralados, sangrando mesmo, a calça foi direto para o lixo. Foi feio, mas nenhuma tragédia. Acontece. A raiz das árvores da praça crescem e criam desníveis na calçada. Nada a ver com minha capacidade ou idade. Me perdoei, perdoei a praça e fiquei mais atenta. Fizemos as pazes.
Daí, na Cidade do México, na Praça do Zocalo, numa viagem que fiz sozinha, num lugar que havia estado antes, fui rezar para minha santa preferida, Nossa Senhora de Guadalupe.
Saí da igreja feliz e faceira e ploft bum, me estatelei no chão. Desta vez nem tive como escolher onde cair. Veio uma policial e mais um moço para me acudir. Uma senhora com bengala me disse meio brava: Você tinha que estar usando uma dessas (bengala)! Pode isso? Eu fiquei mais preocupada com minha pochete com o passaporte e dinheiro do que com meu tombo. Desta vez mal ralei o joelho mas andei dois quarteirões bem chateada pensando em como estava ficando velha, como minhas pernas estavam falhando e pensei em tudo de ruim que poderia ter acontecido se eu tivesse quebrado algum osso, onde que eu estava com a ideia de viajar sozinha, esse tempo já acabou, melhor ficar quieta em casa, que mundo perigoso é esse, meu seguro de viagem, que pretensão a minha, coitada de mim. Daí cheguei no hotel e vi que a sandália era muito velha, mas velha mesmo de abrir o bico e causar acidente. Foi para o lixo, assim como aquela calça do outro tombo. Tá vendo só? Daí passou toda a minha tristeza e aproveitei a Cidade do Mexico como se deve e esqueci tudo.
Nesse meio tempo, meu filho me deu uma bicicleta cor de rosa, vintage e com cestinha. Amei. Claro, customizei a cestinha com passarinhos que fiz de feltro e mais um punhado de coisinhas. Ficou mais linda ainda. Meu filho me fez jurar que eu usaria TODOS os apetrechos de segurança e assim o fiz. No primeiro passeio já calculei mal uma manobra e capotei justo na frente de uma academia. Veio o moço atlético gato. Tudo bem? Tudo bem. Desta vez nem chorei. Os tais apetrechos de segurança me salvaram mesmo. Principalmente no cotovelo. Achei o máximo!
Também já caí do sofá dormindo e quebrei os dois pés em ocasiões diferentes. Qual é o meu problema?
Até desenvolvi essa altíssima tecnologia. Você coloca seu whisky, baldinho de gelo, copo e água. O caixotinho tem rodinhas e você vai empurrando ele com a bengala até o sofá. Kakaka.
Agora estou no meio da pandemia, saio umas três vezes por semana para passear, tomar um solzinho, nem me preocupo com emagrecer, é só para não enlouquecer mesmo.
Quando eu saio para passear geralmente levo uma sacola feiosa de TNT, bem levinha (dá para lavar sempre, mas é uma feiura) e uma tesoura para trazer da rua umas folhagens. Ah, e outra coisa que aprendi, velho tem que sair com cartão do convênio. Nunca se sabe, hehehe. Trago galhos mesmo das árvores de rua, não mexo no jardim dos outros. Nesse dia eu tinha cortado galhos de chorão ( eu adoro o cheiro). Na volta passei pelo estacionamento do Carrefour, toda alegrinha, andando rápido e olhando para as árvores e folhas secas que inventei de bordar ou pintar. Enfim, capotei de novo. Veio o guarda de moto e mais um moço para acudir a velhinha estatelada no chão. Quer que eu chame o resgate? diz o guarda na moto. Essas empresas grandes morrem de medo de processos. Nesse tombo eu já caí feito "ninja", cuidando para não bater a cabeça. O outro moço, me ajudando e juntando os galhos de chorão. Ai que vergonha! Eu falava: Moço, não precisa, deixa! Mas ele juntou tudo na minha sacola. Não deve ter entendido nada. Eu vi que estava bem. De novo, voltei para casa chorando, joelho bem ralado. Não perdi a calça dessa vez, ela até protegeu.
Hoje estive lá e tirei uma foto de onde tropecei. Não foi falta de coordenação, qualquer um poderia tropeçar ali.
Mas o que eu mencionei no começo, o viver no passado, acho que é o mais perigoso. Ficar reclamando de como as coisas eram mais simples, reclamar da tecnologia, não querer usar as novidades tipo internet banking, ficar olhando fotos dos bons tempos do passado quando a família se reunia, ver nessas fotos as pessoas que amamos e que já se foram, não acho isso bom para a cabeça. Pelo menos não agora. Tento mudar mesmo é o presente, cultivar e conviver com pessoas que estão por perto. Ser presente para essas pessoas que vivem aqui e agora e tentar criar novas fotos de encontros felizes. São essas pessoas que me ajudaram em todos os tombos. Essas pessoas que aqui estão é que importam. Não posso falhar com elas. É no presente que posso sentir gratidão pelo meu teto, minha comida, por cada momento precioso que tenho com meu netinho que mora perto. Não vou pensar em onde ele estará no futuro nem onde vou morar.
Preocupar-se com o futuro é absolutamente ingrato e uma causa perdida. A gente não manda nada. Uma tropeçada e lá se vão nossos planos de uma viagem, por exemplo. Uma bobagem dita por um politico qualquer e lá se vão nossas finanças. Mas coisas boas acontecem também!
E sobre esse vírus que prefiro nem falar o nome? Sem querer menosprezá-lo, esse é o menor dos nossos problemas. Outros virão. Mas se pensarmos no dia de hoje como "é o que temos para o momento", aceitar, uma hora isso vai acabar, não é?
Minha amiga Lisbeth e eu viajamos muito juntas e já entramos em várias frias daquelas de hotéis que parecem bonitinhos e baratos. Num deles, em Porto Seguro, havia ratos que passeavam a noite pela área da piscina. Fala sério! Que nojo!!!! Daí, fazer o que? Chorar? Voltar para casa? Acontece. Também, nessas horas você descobre as boas companheiras do estradão. Em resumo, só me lembro do tanto que nos divertimos e das coisas lindas que vimos por lá, da temperatura da água, dos coqueiros. Só alegria. É assim que tento me convencer de que devo tocar a vida.
Ratos, (inclusive o rato Homem) vão cruzar meu caminho ocasionalmente, mas nem por isso vou deixar de viajar, ficar preocupada com eles ou vou querer deixar de viver, afinal, sou taurina e teimosa. Tornei essa teimosia numa vantagem. Mesmo que eu leve outros tombos tenho que me apegar ao pensamento de que vou me levantar rápido, reclamar pouco, fazer menos drama, xingar menos ainda (espanta os anjos) e achar um meio termo, aceitar essas minhas novas limitações, me adaptar, mudar de estratégia.
Meu filho, que é aluno da Nova Acrópole, tem tentado demais me "iluminar", digamos assim. Eu tenho preguiça danada de ler tudo que ele me dá para ler mas adoro ouvi-lo. Ele tem estado tão seguro, tão equilibrado numa época que o futuro dele mesmo está tão incerto. Daí já comecei a olhar para a filosofia com outros olhos, já que vi um exemplo na prática. Um dos livros que ele me deu enquanto estava na UTI foi Saber Envelhecer, do Cícero. Cá entre nós, fazer o que numa UTI a não ser esperar pela comida? Bom, o livro era pequeno e não o li todo ainda por que além do mais ele me trazia aqueles cubos mágicos. Acho que ele queria ter certeza de que eu estava boa da cabeça. Desse livro eu entendi que os grandes velhos guerreiros na antiguidade eram respeitados e procurados mesmo estando acamados ou inválidos de alguma forma por que eles tinham a sabedoria das estratégias de uma guerra. Não esperavam deles que fossem à luta, mas os respeitavam e queriam saber sua opinião. O saber e a intervenção deles era precioso. Nessas horas não tem como não sentir falta de pai e mãe. Eles sempre tinham um ponto de vista sábio e me ajudaram muito. Hoje estou sem guru. Guruless. Acabei de inventar uma palavra. Todos os meus ídolos caíram, tanta enganação que a gente quase perde a fé na humanidade, mas para, para. Para de Gardel! Voltando para o Cícero, tem uma coisa que achei ótima, sobre sexo na velhice. Gente, ele fala que temos que ver a queda da libido como uma libertação. Pior que é verdade. Quanta bobagem não fizemos e quantas decisões erradas já não tomamos por causa do sexo? Pare e pense. Não é? Na velhice o sexo não tem aquele peso de antes. Então, coloca aí na listinha: Não entrar mais em fria por causa do sexo.✅
Cavalos de Viena |
Enfim, eu sonhava em assistir a um show dos cavalos da Escola Espanhola de Equitação de Viena e quando fui fazer um curso na Alemanha, organizei para ir para Viena. Só não sabia, naquele tempo, que era para ter reservado o espetáculo seis meses antes. Estamos falando de 40 anos atrás, sem internet. Nem sei como cheguei na Alemanha, imagine na Áustria. Me lembro que fui de trem com uma brasileira e que logo que chegamos em Viena já nos sentimos mal e que ficamos uns dois ou três dias no hotel sem conseguirmos falar nem na recepção do hotel, tamanha fraqueza. Eu não tinha forças para ir à farmácia e nem ligar para ninguém. Enfim, como Deus é paizão, os dias passaram, melhoramos e descobri que poderia ver pelo menos o ensaio dos tais cavalos. Me lembro perfeitamente de estar com muita febre no recinto lindo onde eles se apresentam, meio que pendurada, encostada numa coluna enorme, mas assisti o ensaio deles. Foi lindo. ✅ Sonho realizado, bem ou mal.
Sachertorte |
Tá, segunda coisa que mata velho: tombo. Aí eu sou campeã! Que droga! Me lembro de todos os meus tombos mas o pior deles, o que quase me matou recentemente, eu não me lembro.
Na primeira semana quando me mudei para o apartamento onde moro hoje, saí toda faceira, com roupa de atleta para caminhar na praça bem pertinho. Na segunda volta tropecei e...me lembro tanto...ia cair..de cara no chão...tenho que escolher onde vou me machucar menos, na pista ou na terra? Aterrissei na terra. Me lembro de planar escolhendo onde me esborrachar. Nosso cérebro é incrível. Deu tempo de escolher. Daí, claro, veio gente me acudir, uma senhora mais antiga que eu e um moço. Tudo bem. Voltei para casa chorando, com ódio da praça, do apartamento, de mim, do mundo. Como é bom chorar de dó da gente, né? Eu choro sempre que caio ou levo choque, mas é pelo susto.
Joelhos bem ralados, sangrando mesmo, a calça foi direto para o lixo. Foi feio, mas nenhuma tragédia. Acontece. A raiz das árvores da praça crescem e criam desníveis na calçada. Nada a ver com minha capacidade ou idade. Me perdoei, perdoei a praça e fiquei mais atenta. Fizemos as pazes.
Cidade do Mexico |
Nossa Senhora de Guadalupe |
Nesse meio tempo, meu filho me deu uma bicicleta cor de rosa, vintage e com cestinha. Amei. Claro, customizei a cestinha com passarinhos que fiz de feltro e mais um punhado de coisinhas. Ficou mais linda ainda. Meu filho me fez jurar que eu usaria TODOS os apetrechos de segurança e assim o fiz. No primeiro passeio já calculei mal uma manobra e capotei justo na frente de uma academia. Veio o moço atlético gato. Tudo bem? Tudo bem. Desta vez nem chorei. Os tais apetrechos de segurança me salvaram mesmo. Principalmente no cotovelo. Achei o máximo!
Lápis de cor e canetinha, Virginia Costa |
Até desenvolvi essa altíssima tecnologia. Você coloca seu whisky, baldinho de gelo, copo e água. O caixotinho tem rodinhas e você vai empurrando ele com a bengala até o sofá. Kakaka.
Agora estou no meio da pandemia, saio umas três vezes por semana para passear, tomar um solzinho, nem me preocupo com emagrecer, é só para não enlouquecer mesmo.
Quando eu saio para passear geralmente levo uma sacola feiosa de TNT, bem levinha (dá para lavar sempre, mas é uma feiura) e uma tesoura para trazer da rua umas folhagens. Ah, e outra coisa que aprendi, velho tem que sair com cartão do convênio. Nunca se sabe, hehehe. Trago galhos mesmo das árvores de rua, não mexo no jardim dos outros. Nesse dia eu tinha cortado galhos de chorão ( eu adoro o cheiro). Na volta passei pelo estacionamento do Carrefour, toda alegrinha, andando rápido e olhando para as árvores e folhas secas que inventei de bordar ou pintar. Enfim, capotei de novo. Veio o guarda de moto e mais um moço para acudir a velhinha estatelada no chão. Quer que eu chame o resgate? diz o guarda na moto. Essas empresas grandes morrem de medo de processos. Nesse tombo eu já caí feito "ninja", cuidando para não bater a cabeça. O outro moço, me ajudando e juntando os galhos de chorão. Ai que vergonha! Eu falava: Moço, não precisa, deixa! Mas ele juntou tudo na minha sacola. Não deve ter entendido nada. Eu vi que estava bem. De novo, voltei para casa chorando, joelho bem ralado. Não perdi a calça dessa vez, ela até protegeu.
Perigo para qualquer um |
Óleo sobre tela, Virginia Costa |
Preocupar-se com o futuro é absolutamente ingrato e uma causa perdida. A gente não manda nada. Uma tropeçada e lá se vão nossos planos de uma viagem, por exemplo. Uma bobagem dita por um politico qualquer e lá se vão nossas finanças. Mas coisas boas acontecem também!
E sobre esse vírus que prefiro nem falar o nome? Sem querer menosprezá-lo, esse é o menor dos nossos problemas. Outros virão. Mas se pensarmos no dia de hoje como "é o que temos para o momento", aceitar, uma hora isso vai acabar, não é?
Minha amiga Lisbeth e eu viajamos muito juntas e já entramos em várias frias daquelas de hotéis que parecem bonitinhos e baratos. Num deles, em Porto Seguro, havia ratos que passeavam a noite pela área da piscina. Fala sério! Que nojo!!!! Daí, fazer o que? Chorar? Voltar para casa? Acontece. Também, nessas horas você descobre as boas companheiras do estradão. Em resumo, só me lembro do tanto que nos divertimos e das coisas lindas que vimos por lá, da temperatura da água, dos coqueiros. Só alegria. É assim que tento me convencer de que devo tocar a vida.
Ratos, (inclusive o rato Homem) vão cruzar meu caminho ocasionalmente, mas nem por isso vou deixar de viajar, ficar preocupada com eles ou vou querer deixar de viver, afinal, sou taurina e teimosa. Tornei essa teimosia numa vantagem. Mesmo que eu leve outros tombos tenho que me apegar ao pensamento de que vou me levantar rápido, reclamar pouco, fazer menos drama, xingar menos ainda (espanta os anjos) e achar um meio termo, aceitar essas minhas novas limitações, me adaptar, mudar de estratégia.
Meu filho, que é aluno da Nova Acrópole, tem tentado demais me "iluminar", digamos assim. Eu tenho preguiça danada de ler tudo que ele me dá para ler mas adoro ouvi-lo. Ele tem estado tão seguro, tão equilibrado numa época que o futuro dele mesmo está tão incerto. Daí já comecei a olhar para a filosofia com outros olhos, já que vi um exemplo na prática. Um dos livros que ele me deu enquanto estava na UTI foi Saber Envelhecer, do Cícero. Cá entre nós, fazer o que numa UTI a não ser esperar pela comida? Bom, o livro era pequeno e não o li todo ainda por que além do mais ele me trazia aqueles cubos mágicos. Acho que ele queria ter certeza de que eu estava boa da cabeça. Desse livro eu entendi que os grandes velhos guerreiros na antiguidade eram respeitados e procurados mesmo estando acamados ou inválidos de alguma forma por que eles tinham a sabedoria das estratégias de uma guerra. Não esperavam deles que fossem à luta, mas os respeitavam e queriam saber sua opinião. O saber e a intervenção deles era precioso. Nessas horas não tem como não sentir falta de pai e mãe. Eles sempre tinham um ponto de vista sábio e me ajudaram muito. Hoje estou sem guru. Guruless. Acabei de inventar uma palavra. Todos os meus ídolos caíram, tanta enganação que a gente quase perde a fé na humanidade, mas para, para. Para de Gardel! Voltando para o Cícero, tem uma coisa que achei ótima, sobre sexo na velhice. Gente, ele fala que temos que ver a queda da libido como uma libertação. Pior que é verdade. Quanta bobagem não fizemos e quantas decisões erradas já não tomamos por causa do sexo? Pare e pense. Não é? Na velhice o sexo não tem aquele peso de antes. Então, coloca aí na listinha: Não entrar mais em fria por causa do sexo.✅
Comentários
Como é gostoso ler o que vc escreve! Estava com saudades!
Quando a gente te conhece então, as palavras tem um eco diferente!
E amei a adaptação com rodinhas! Hahaha....só vc mesmo!
Ahh..e pra mulher valente que conheci...um ratinho? Vc tira de letra!rsrs
Um grande bjo!