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Nova Gokula - Uma comunidade Hare Krishna

Em Queluz  fiquei meio perdida, para variar, e resolvi ir almoçar na Fazenda Nova Gokula, que fica mais perto de Pindamonhangaba.
A estrada até lá, depois que se sai da chatice de milhões de lombadas na cidade de Pinda, é muito bonita, mas ainda tem muuuita lombada. Gente, é um absurdo! 
Quando aparece o Portal de entrada é um alivio.
Nova Gokula é uma comunidade Hare Krishna muito bem sucedida que abre para o público principalmente nos fins de semana, quando tem almoço, lojinhas com produtos indianos, pousada, lanchonete e até uma pizzaria super bem construída. Logo na chegada, um membro entrega as atividades do templo que começam às 4h30 (da madruga!).
O Templo de Radha-Gokulananda, construído em estilo arquitetônico védico é lindo e aberto à visitação. Tirei uma foto da janela. Como não entendo nada da religião, acho desrespeitoso entrar lá. 
O local do almoço é no meio da mata e a comida é servida num bandejão. 
É à vontade e custa menos de R$ 15,00. Do pouco que sei a respeito deles, fazer a comida é coisa séria. Quem cozinha tem que tomar banho e estar bem em todos os sentidos. Comem o que pode ser oferecido a Krishna. Não comem carne vermelha, nem peixe e nem ovos. Alho e cebola também não porque não podem ser oferecidos a Krishna e aumentam a paixão e a ignorância. Mesmo assim a comida é gostosa pois usam especiarias indianas.
Aos domingos, depois do festival (16 h) para os visitantes, com canto de mantras e aula de filosofia, eles distribuem gratuitamente a comida lacto-vegetariana.
Por ser no pé da Serra da Mantiqueira, a mata ao redor é linda, com o Rio Yamuna que corta a fazenda com águas limpas e cachoeiras pequenas que o pessoal que vai aproveita para nadar ou se refrescar.
A lanchonete Jagannatha tem essa fachada que é imagem de um Deus. 
Ao contrário do que imaginei, tem uma variedade muito boa de salgados e sucos. Tinha coxinha de jaca!
Tem uma lojinha com muitos produtos orgânicos produzidos lá, várias conservas com gengibre, manga verde, biscoito de polvilho sem ovos, chips de mandioca e de banana, mel, pólen, etc. A gente acaba não resistindo, mesmo depois de almoçar.
 Estive lá há 24 anos e eles continuam os mesmos, decentes, religiosos, nada de drogas, só orações e trabalho. Cigarro, nem pensar! Os solteiros e solteiras dormem em alojamentos separados e vivem sem energia elétrica. Nem na pousada tem. Imaginem o banho frio naquela região! O sexo é só para os casados e para procriação. 
Olhem só que bonita a pizzaria!
Ah! Lá tem a escola Gurukula que atende crianças carentes e luta junto à comunidade pela preservação ambiental. Eu tiro o chapéu para eles.
Dizem que é muito lindo na época das festas. As três pousadas e o camping ficam lotados, o pessoal faz fogueira de noite e aprecia as estrelas, entre um e outro culto.

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