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Campos do Jordão - Guia quase completo com dicas atualizadas

A cidade tem pelo menos uns sete circuitos turísticos. Pense na cidade como um polvo. Você escolhe um tentáculo e vai explorando.
Logo depois do portal, do lado direito tem o Circuito Gavião Gonzaga e pode pegar esse aí por que tem o passeio que eu acho mais bonito, o Parque Amantikir.

Amantikir - Campos do Jordão

Foi concebido por apaixonados pela Mantiqueira. Prepare-se para tirar muitas fotos. Os jardins são lindos e diversos.
Tem casa na árvore.
Muito confortável, não?
Tem um labirinto celta de grama.
E outro no estilo europeu.
Já fui com sol e com dia bem nublado.
Em qualquer época do ano é lindo. São 28 jardins.
Aproveitando que está por ali, agora tem uma nova atração, o Parque da Cerveja Campos do Jordão (entrada R$ 35,00).
Cercado por araucárias, esse parque cervejeiro veio para ficar.
 
Tem cachoeiras também.
Belas instalações inclusive com local para eventos.
Pode-se fazer uma visitar guiada à fábrica com degustação (R$ 45,00).
Lojinha com as diversas cervejas produzidas lá.
Há um restaurante bem elegante.
Gostei dessa painel atrás de uma mesa.
Opção de área externa.
 
O ponto alto é o Mirante Mantiqueira (R$ 78,00). 
Espetacular.
Lá tem um bar pertinho do céu.
Que tal esse deck com fundo transparente ? 
Neste mesmo circuito tem o Centro de Lazer Tarundu com tirolesa, balonismo, arborismo, tiro esportivo, arco e flecha, boia cross, tudo pura emoção. Esse programa eu passo, mas para quem é jovem é um prato cheio.
De volta à avenida da entrada, no Bairro Jaguaribe fica meu restaurante predileto, o Sabor da Província. Na porta a escultura em papel machê feita pela artista Gigi Manfrinato. A senhorinha smpática tem até nome, Clarisse Pinheiro.
Ótimo lugar para almoçar com calma.
Você pode também só tomar um café com um pastel de nata ou um strudel com sorvete.
Tudo feito pela Flavia lá mesmo com muitos dos ingredientes de sua própria horta.
Aproveito sempre para trazer as maravilhosas massas congeladas, bolachinhas, o bolo de pinhão premiado ou sardella. O prato do dia é sempre gostoso e leve.
 
Esse restaurante existe há mais de vinte anos e vocês não imaginam como eu dou valor a um atendimento personalizado em restaurante numa cidade tão turística.
Não deixe de pegar com ela o melhor mapa da cidade. É o mais fácil de entender. 
Um pouquinho mais adiante, no mesmo lado da avenida, uma paradinha interessante.
O Sans Souci agora não tem mais a camisaria e sim uma livraria/café.
Acho o prédio de uma beleza ímpar.
Repare na pintura, na colocação dos tijolos, na vegetação que tem uma nova cor a cada vez que visito.
O café com decoração charmosa continua.
Mais detalhes. 
Do outro lado dessa avenida, é só atravessar o trilho, você vai reparar nas fábricas de chocolate.
Cada vez que vou entro para conhecer uma. Desta vez foi a Spinassi. Essa fachada....tenho minhas dúvidas se gosto.
O cheiro da loja é uma delícia. Não sou muito fã de chocolate, mas adoro ver as lojas e comprar para presentear. Essa me surpreendeu pela variedade.
Eles, inclusive, produzem também vários tipos de cachaça e licores e tem muitas opções de conservas salgadas como berinjela, pinhão, salames, queijos, etc. Desci para ver a fabricação. Os rapazes foram super simpáticos.
Mais adiante agora tem a Estação Container. Gostei demais pois é fácil de entrar para estacionar.
O comércio é bem variado.
Tem boteco, pizzaria, aluguel de bikes, neve (pois é) e artesanato.
Gostei muito da pintura de alguns containers.
Este é uma floricultura.
A doceria Rubi é um charme com esses ursinhos espalhados.
Bem na saída do Boteco Itapeva, aproveite para conhecer a lojinha mais charmosa que conheço.
Chama-se Caminho da Roça.  
Numa outra vez fui conhecer a Fábrica de Chocolates Araucária. Vale a pena.
Há um pequeno museu do chocolate onde mostram os moldes antigos e pode-se ver a fabricação acontecendo. 
Há um café e sorveteria.
 
Chocolate de boa qualidade. Fica no Circuito Turístico Pedra do Baú. 
Aproveitando, nesse circuito, não deixe de visitar a Casa da Xilogravura. Eu não imaginava que fosse gostar tanto.
As obras são belíssimas e o acervo é do mundo todo. Aliás, é um ótimo programa para fazer caso chova.
Mais acima tem uma lojinha de louças muito simpática, é um outlet.
Hoje em dia essa parede é preta e não rosa. Se não for até a Pedra do Baú pode voltar para a avenida e pegar o
Circuito Turístico Alto da Boa Vista.
Comece pelo Mosteiro de São João.
Lá tem uma lojinha e café. Conforme a tradição monástica os monges vivem de seu próprio trabalho. Atualmente, além dos artesanatos as monjas produzem biscoitos, pães, geleias e bolos. Revendem mel, artigos religiosos e lembranças.
O jardim é muito bem cuidado. Tem um laguinho.
O bosque ao redor é exuberante e elas vendem mudas.
Não deixe de conferir os horários de abertura, pois são meio diferentes.
Muitas pessoas vão assistir à Santa Missa com canto gregoriano lá. É bem tradicional. Deus que me perdoe mas achei chatíssimo o canto gregoriano. Acho que eu era mais jovem.
Mais adiante tem o Palácio Boa Vista com visita guiada que vale a pena. O passeio poderia até ser mais longo. 
Muito curiosa a história que o guia conta, lindas as obras de arte e a decoração interna. Tem uma sala belíssima com um piano que dizem que foi onde nasceu a ideia do que veio a se tornar o festival de Inverno. O forro da sala é impressionante, assim como todos os pisos do palácio. Não é um passeio demorado e vale a pena. Uma ala do castelo não se pode visitar. É a ala que é usada pelo governador do estado e sua família.
Em frente ao palácio tem o Café Palácio  que é uma graça.
Cheio de mantinhas xadrez, flores e vista.
Mais adiante o Museu Felícia Leirner.
É um museu a céu aberto de uma única artista num lugar bem bonito. São 43 esculturas de bronze e outras em cimento branco.
Nesse local fica o Auditório Claudio Santoro onde acontecem apresentações do Festival de Inverno.
Ainda por essas bandas, coloque no Google: Fazenda Baronesa von Leithner. Você vai passar pelo bonito bairro Alto da Boa Vista e chegar nesse local charmoso.
A fazenda, uma das primeiras a cultivar frutas vermelhas no Brasil, foi fundada por um casal de barões austríacos no final da década de quarenta.
A decoração é muito bonita.
Ao contrário do que imaginei, os preços são bons e tem umas gostosuras diferentes. A qualidade é, sem dúvida, excelente. 
Num dia claro faça o Circuito Pico do Itapeva. Lá no alto foram plantadas duas mil mudas de lavandas francesas.
E dá-lhe tirar mais fotos bonitas! Tem o Mirante e boas instalações. O interessante é poder ver lá de cima acho que sete cidades do vale, inclusive a cúpula da Basílica de Nossa Senhora Aparecida.
Lá tem que pagar R$ 20,00 por carro mais R$ 10,00 por pessoa. Tem gente que deixa o carro fora e vai até à vista de todo jeito. É que antes era de graça.
O pessoal reclamou pelo fato de terem reformado e feito um café e começarem a cobrar. Que eu saiba é de um particular que investiu lá e é natural que queira retorno. É o progresso.
Outro rumo agora, Circuito Turístico Horto Florestal. Na ida entre no Parque da Lagoinha pelo menos para ver o trabalho do Mãostiqueiras.
Trata-se de um negócio social que hoje conta com quase cinquenta colaboradoras. Me lembro quando eram dezeseis.
A criadora do projeto percebeu que a maioria dos criadores de ovelhas da Serra da Mantiqueira fazia a tosquia anual das suas ovelhas e descartava a lã que é uma valiosa fibra têxtil.
Daí eles recebem a lã e ensinam as mulheres das comunidades a processa-la artesanalmente. Um trabalho incrível, pois evita o desperdício, gera renda para essas mulheres e ainda preserva a cultura usando pigmentos naturais como a macela, por exemplo. Uma moça explica todo o processo de fiação manual.
É muito trabalhoso.
Eu adorei essas golas/echarpe. Na mais escura são três cores de diferentes tipos de carneiro, sem tingir. O toque é delicioso. Cada peça vem com a etiqueta da artesã e a técnica utilizada.
Lá fora há um parque com três lagos e patinhos.
As crianças vão adorar aprender sobre as ovelhas.
Fiz uma caminhada tranquila pelo parque que tem muitos pinhos barbados com mais de 80 anos. Continuando em direção ao Horto Florestal, diversas outras atrações.
Um pouco antes da portaria do Horto tem uma porteira que fica fechada (por causa da criação), mas você pode abrir e entrar para conhecer a Gard Cerveja Artesanal.
Gard Cerveja Artesanal- Campos do Jordão
Fica num lugar lindo como tudo por lá.
Dá para ver a fábrica de cerveja pelo vidro.
É pequena e o local onde servem é bem romântico e aconchegante. Eu adorei e voltaria. 
Lá tem um trailer que vende sanduíches com a cara ótima.
Aproveite para conhecer a baia para cavalos crioulos que eles criam para leilões. Só tem duas éguas lá no momento.
Nunca vi nada mais caprichado.
O quarto onde guardam a traia é muito organizado.
Fiquei impressionada.
 Eles têm lá duas casas para alugar que estão no Airbnb, uma para cinco e outra para doze pessoas. Nada mal ficar num lugar desses com uma pequena fábrica de cervejas e um trailer de sanduíches no seu quintal.
Daí chegamos ao Horto Florestal ou Parque Estadual Campos do Jordão.
A entrada é R$ 15,00 e de graça para moradores de Campos do Jordão.
Desde abril de 2019 o parque foi privatizado e como era de se esperar, está lindo e bem cuidado.
Parque Estadual Campos do Jordão.
Parecia que eu estava noutro país, verdade.
Tem um trenzinho que faz um tour cultural monitorado pelo parque passando pela capela com parada para fotos no lago das ninfeias, visita o bosque da vida e ponte pênsil. Leva uns 40 minutos.
Era hora de almoço e estava o maior cheiro gostoso de churrasco no ar vindo do restaurante Dona Chica.
Que lugar agradável!
Um restaurante assim no meio de um parque com dia lindo é um privilégio.
Experimentamos esse mix de bolinhos (truta, java porco, coxinha, aquela folha chamada peixinho empanada e o outro não me lembro). Estava mais bonito que gostoso. Devíamos ter pedido a carne mesmo.
Enfim, o lugar é lindo e até apareceu por lá um bando de cinco macacos prego.
Não deixe de ver a horta do restaurante que é bárbara.Toda com plaquinhas e tinha coisas bem diferentes.
Não chegamos a visitar o Bosque Vermelho que fica lindo no outono quando caem as folhas do pinheiro do brejo deixando o chão todo vermelho. Tem que pegar uma trilha.
 
Recomendo que entrem no site de cada uma das atrações para confirmarem os valores, horários e restrições por causa da pandemia. Algumas atrações ou restaurantes só abrem nos fins de semana. Vou colocar os sites embaixo. Não se esqueçam de que em Campos do Jordão não existem semáforos e você TEM que parar para os pedestres.

Bom, agora sim podemos bater perna no badalado bairro de Capivari.
É sempre revigorante.
Tudo bonitinho e instagramável.
Tem uma novidade que é aquela lojinha de franquia de Tiradentes que vi em Arraial D’Ajuda, a Casa das Latas.
É fofa demais. Dramático escolher qual a lata mais linda. Vendem os docinhos para colocar dentro delas.
O atendimento é dez e ainda te oferecem um café.
Bem ao lado, na esquina, tem o Chocolate Montanhês que é bem tradicional. Pedir um chocolate quente “to go” e sair passeando vendo vitrines é pura felicidade.
Ao lado da Paróquia São Benedito tem uma feirinha de artesanato bem conhecida. Lá fica um casal de artesãos que admiro muito, o Sávio e a Eliana. Eles fazem peças com cedro rosa do tipo puzzle.
São bonitas e com encaixe perfeito. Coisa robusta que vai passar de uma criança para outra. Temos que prestigiar nossos artesãos brasileiros, não é?
A cinco minutos de carro da igreja pode-se conhecer o Bosque do Silêncio.
Ele é bem pequeno mas achei bonito.
Cobram entrada de R$20,00.
Tem um café na parte externa, junto ao estacionamento.
O interessante lá é que vi umas crianças pequenas praticando arvorismo.
Os pais ficam embaixo meio nervosos e gritando palavras de apoio. As crianças se saíram muito bem.
A menor delas tinha acabado de completar três anos.
Essa agência lá dentro do bosque é que organiza. Os monitores me pareceram muito cuidadosos. Achei um ótimo programa para quem vai com crianças, fora isso, melhor mesmo é o Amantikir.
A 350 metros desse bosque fica a Ducha de Prata. Esse programa não é mais o mesmo. Fizeram tantas passarelas, tem tantas lojinhas, muita gente e uns animais de resina enormes e cafonas que ficou insuportável.
Ainda fui num dia quando a água estava barrenta! Então, não perca seu tempo! 
E se na hora de ir embora você resistiu e não comprou nenhuma geleia ou compota, na altura do portal da cidade, aproveite para parar na Geleia dos Monges. Essa é tradicional e tem só coisinhas gostosas. Era antes em outro lugar e frequento desde que minhas crianças eram pequenas.
Não dá mais para fazer bate e volta para Campos do Jordão, não é? Há muita coisa para ver.
Imagine curtir a cidade de noite com todas as lampadinhas, lareiras e aquecedores externos! Lá eu tenho onde ficar e na verdade nem me lembro de sair de noite. Vou ter que rever meus conceitos.

Clique abaixo no nome da atração para entrar no site e confirmar valores, horários, etc.

Parque Amantikir 

Parque da Cerveja Campos do Jordão

Sabor da Província

Fábrica de Chocolates Araucária

Museu Casa da Xilogravura

Restaurante Dona Chica Horto

Parque da Lagoinha

Mãostiqueiras

Gard Cervejaria

Horto Florestal/Parque Campos do Jordão

Mosteiro de São João

Palácio Boa Vista

Centro de Lazer Tarundu

Empório Baronesa

Sávio e Eliana - brinquedos em cedro rosa: @cedrorosa.mdf    (12) 99634-7956

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