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Blumenau - Onde Comer ?

"Alexa, me acorde às três e meia da manhã com a música On the Road Again!". O ônibus para Guarulhos saia às quatro e meia. Fiquei tão nervosa. E se eu não acordar? Esse horário é perigoso na rodoviária. No ônibus, comi uma pera. No avião, vomitei a pera. Puro medo de viajar sozinha. Coisas da idade.
Não existe almoço grátis mesmo. Comprei a passagem numa promoção e daí os horários dos voos são péssimos e você também não escolhe o aeroporto de saída, não escolhe o assento e nem pode despachar bagagem.
No entanto, a vontade de viajar fala mais alto. É isso ou nada. Pelo menos o voo leva menos de uma hora e eu fiquei no pior assento, o último, aquele que não reclina e pelo menos foi uma mão na roda na hora de vomitar. Só rindo mesmo. Mas vamos ao que interessa. 
Claro que fiz uma listinha dos lugares onde queria comer. Até bares tinha nesta lista, vê se pode! Há tempos não saio de noite, mas lá fiquei animada.
O primeiro foi o Rosa MexicanoA cor Rosa Mexicano começou a ser conhecida graças ao pintor, historiador e estilista Ramon Valdiosera, em meados de 1940. Em uma de suas coleções apresentada em um desfile em New York, a cor predominante foi a cor da flor buganville (cor fúcsia, magenta).
As pessoas admiradas com aquela cor, a denominaram Mexican Pink. Essa cor vibrante e cheia de energia está presente nos ambientes
 desse restaurante.
Fui de Uber. Gente, que lugar animado! Eu adorei a decoração.
Reparem nessas luminárias de metal enormes que lembram rosas.
Se algum dia forem para lá, tem que ser no dia em que os Mariachis Los Soles estão tocando. Dois dos integrantes são pai e filho. A filha hoje canta na Cidade do México.
Na verdade eu nem gosto muito de mariachis mas esses têm uma pegada latina mais para as nossas bandas, eles dançam e têm um repertório ótimo. Tocam também na outra filial de Brusque.
Até nem liguei muito para a comida, pedi um rodízio.
O portal na entrada é muito bonito, com detalhes em metal.
Restaurante Rosa Mexicano, Blumenau
Essa é a mesa de quem comemora aniversário lá. 
O segundo que queria conhecer, por causa da decoração, foi o Boteco São Jorge. Desisti por que fiquei insegura no dia. Acontece, e eu ouço minha intuição, mas passei lá de dia para tirar umas fotos.
Boteco São Jorge, Blumenau
Achei uma graça o tema.
Eles também têm música ao vivo: pagode, forró e samba. Eu ficaria deslocada lá, de qualquer forma, acho. 
O terceiro bar foi também frustrante pois cheguei muito cedo. The Basement English PubCheguei 18:30h.
O bar lota e ia tocar uma banda de rock lá que é um sucesso, mas começariam a tocar às 22:30h. Que falta de prática a minha! Além do mais, não haveria mais como entrar. Tudo reservado.
The Basement English Pub, Blumenau
Tomei um drink e não quis esperar. Ficava a uma quadra do hotel, super conveniente. Fica num porão muito lindo, com paredes de pedra, paredes bem grossas.
Se forem, lembrem-se de fazer reserva. A dona me disse que tem uma "coroa" que vai quando tem rock e que ela dança a noite toda, disse que iria nos apresentar, hehe. Não faço ideia de quando vai me bater vontade de ir a um bar de novo. Se eu não estivesse sozinha gostaria de conhecer o Bar do Osama, um cara de lá muito bem humorado que tem um bar lotado de quinquilharias.
Ali mesmo tem um calçadão muito movimentado com várias opções com mesinhas na calçada.
Um deles é o
Seu Porco, sempre cheio e vibrante.
Tem vários porquinhos no forro. 
Esse outro eu adorei e é sempre muito recomendado, o Sushi Yuzu.
Servem pratos lindos de ver, uma mistura de oriental com peruano.
 
Sushi Yuzu, Blumenau
Lá, eu queria comer o cardápio inteiro. Adorei. 
Bem em frente tem o Aikau Tiki Bar, onde servem pokes.
Fiquei fascinada por essa luminária de cardume de peixes.
Aikau Tiki Bar, Blumenau
O restaurante é todo bonitinho. Cheio de cantinhos.
Adorei a boca de tubarão de onde saem as comidinhas.
O poke estava ótimo.
Funciona no almoço e no jantar e sempre cheio também.
No mesmo calçadão, esse café com um lustre tão inusitado, uma raiz enorme pendurada por uma corrente.
E os bolinhos com cara ótima.
Calçadão Brueckheimer, Blumenau
Outro calçadão próximo dali chamado Calçadão Brueckheimer. Também bonitinho e cheio de restaurantes e lojinhas.
Outro café caprichado. Este eu vi no centro.
O Thapyoka é dos mais famosos.
Praça Hercílio Luz, Blumenau
Fica na Praça Hercílio Luz, lugar bem agradável, com uma figueira enorme que marca o início da cidade. Na beira do rio Itajaí-Açu, em frente ao Museu da Cerveja. Entrei para conhecer.
Era buffet no almoço e não tinha marreco nesse dia e tinha ido por esse motivo. Dizem que de noite é bem animado.
Um prato típico curioso de Blumenau é o pão com bolinho. Na verdade, é um hambúrguer no pão francês. Dizem que o melhor é o da Panifício Benkendorff, fundada em 1958.  Infelizmente não deu tempo para experimentá-lo. Não tem como ser ruim, né? Há uma lojinha dela na Vila Germânica.
O Senac Blumengarten funciona no casarão histórico Johannastift. É um Restaurante-Escola do Senac que nasceu em 2005 com o objetivo de fortalecer o segmento gastronômico da região do Vale Europeu.
O prédio foi construído em 1923 e abrigou a primeira maternidade de Blumenau. Também já foi hotel, Casa do Comércio e abrigou um outro restaurante.
O Senac Blumengarten atua em conjunto com a Faculdade Senac Blumenau na área da gastronomia, sendo o campo de prática profissional dos alunos do curso Tecnólogo em Gastronomia. Receitas criativas e sempre atualizadas usando produtos locais.
Já na Vila Germânica aproveitei para mergulhar na culinária alemã.
Almocei nesse aí, mas não me lembro do nome.
O buffet do restaurante oferecia o tradicional
Eisbein (joelho de porco), repolho roxo ( o alemão é levemente adocicado), purê de maçã, Sauerkraut (chucrute) e as tradicionais salsichas.
Acima, o joelho de porco e as salsichas. As sobremesas estão incluídas e são ótimas.
Estava muito movimentado, aliás, por todo lado, muita gente. Imagino no mês que vem, na Oktoberfest. 
O forte da cidade é o café colonial. Eu nunca vi tanta fartura. O do Hotel Gloria é o mais famoso.
O salão do Caféhaus fica lotado, muitas famílias entrando e saindo com caixas de bolos e cucas.
Os idosos, percebi que vão diariamente e todos se conhecem. Eu fiquei com vergonha de tirar fotos quando estava cheio.
Cafehaus, Blumenau
Servem sopas também, salsichas e imagino que o pessoal nem precise jantar. Pro mal dos pecados, fiquei nesse hotel e quando eu nem estava pensando em comer, eu via o chá da tarde...
Olhem só a vitrine de bolos! 
A tradição das confeitarias tira todo mundo de casa. 
A famosa cuca está presente em vários sabores. Estive num café especializado nelas. Ah! Cucaria. Tem uma placa lá dizendo que é a cucaria mais premiada do sul do mundo.
Comi uma salgada de linguiça Blumenau. Ótima. Cuca em alemão se chama
Streuselkuchen. As receitas de família juntamente com seus toques especiais passam de mãe para filhos há muitas gerações.
Cucas em Blumenau
Cada lugar tem um detalhezinho diferente, então vale a pena experimentar várias. Nesse caso, a senhora Asta Hetzer foi a primeira campeã do Festival de Cucas de Joinville. A receita está na família há 80 anos.
Muito rica a gastronomia da cidade, não é? Imaginem os imigrantes alemães, italianos, poloneses, portugueses, nossos indígenas e dá nisso, uma enorme variedade. No próximo post falarei dos pontos turísticos e da história da Colônia de Blumenau.

Comentários

Deutschland disse…
Excelente Post, Blumenau é a Alemanha no Brasil!

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