Santo Antônio do Pinhal, 2023

Escrever sobre uma cidade que visitei e deixar dicas nos tempos atuais está cada vez mais complexo. Tenho registros fotográficos de Santo Antônio do Pinhal desde 2015, por exemplo. Uma cidadezinha tão pequena, mas dependendo da estrada que você resolve explorar, você acaba facilmente passando o dia num único percurso. É como um polvo, como acontece em Campos do Jordão. O que quero dizer é que não é um destino de um dia. 

Há muitos ateliês para serem visitados, restaurantes, mirantes, empórios, antiquários, cachoeiras, cachaçarias e trilhas. A região é riquíssima em atrações. O negócio é planejar antes. Com a pandemia, muitos comércios fecharam suas portas e alguns sobreviventes reabriram em outro endereço. Então vamos por partes. O pequeno shopping que havia bem na entrada, não existe mais. Está em obras e não sei o que vai ser. 

Lá tinha a loja do artista dos passarinhos de papel machê, o Antônio Maria Soares. Seu ateliê agora é em outro local. O Instagram dele: @mantiqueira.em.arte. 

Um restaurante que eu gosto muito, o Nonna Pia Trattoria, que fica bem na Praça dos Artesãos, agora só abre de noite, pelo que soube.

Ainda bem que a lojinha Em Cantos de Minas continua firme no mesmo endereço, com artesanato de verdade. Av. Min Nelson Hungria 173.

O Renata Ateliê mudou da lojinha pequena para uma maior e está no número 109 da Av. Ministro Nelson Hungria. Acho que a proprietária não atualizou no Google Maps. É uma ótima loja que sempre tem alguma coisa de diferente dentro do mundo do patchwork.

Desta vez foram essas capas de banquinhos. Uma graça,  super práticos.

Ainda bem que a minha coxinha preferida continua lá na Doceria Matinal. Av. Min Nelson Hungria 426.

Pensem numa coxinha honesta feita com catupiry de verdade! Peçam para fritar na hora! O honestíssimo sorvete Eisland, feito com leite integral de vaquinhas Jersey, ainda está na mesma rua. 

Todas as lojinhas onde o fundo do terreno dá para um riacho são muito agradáveis. Fica aquele verde gostoso de ver e põe uma  moldura em tudo. Foi o caso da Livraria Ufa Mulufa, que não conhecíamos. Que máximo!

A seleção de livros e pinturas, cartões e outros itens é muito diferenciada e exclusiva.

Tem um café nos fundos muito aconchegante. Queríamos comprar vários livros com ilustrações realmente lindas.

Minha amiga comprou um livro sobre árvores apaixonante. E tinha outro com mapas de países com todos os pontos turísticos, roupas, animais. Coisa linda mesmo.

Tem também uma loja única que continua por lá, de meias, a Mountain Socks. É fabricação própria com desenhos exclusivos, para inverno e para o verão.

Fiquei feliz ao vê-la firme, depois de tudo que passamos.

Tem também um antiquário que mudou de lugar, o Bon Vivant. O dono , Felipe, é muito simpático e mora numa casinha muito linda, antiga, ao lado.

Rodeado de cachorros, gatos, galos e galinhas, contou que acompanhava a avó nesses garimpos de antiguidades e acabou tomando gosto pela coisa.

O Instagram dele é @antiquariolebonvivant.

Eu sempre fico de olho na Igreja de São Benedito, construída em 1948. Só abre em ocasiões especiais. Acompanho o bonito relógio de flores. Agora estava mais bonito que nos outros anos.

O dia amanheceu lindo em Sâo José dos Campos e eu estava caminhando pelo Parque Santos Dumont quando a minha amiga Lisbeth me ligou, querendo fazer um passeio.

Vocês estão vendo, né? Eu estava quieta no meu canto. Pior que eu não resisto.

Tinha acabado de tomar café na minha padaria predileta, a MD. Melhor pão e sanduíche da cidade. Gosto do pão na chapa com queijo mineiro meia cura, tomate e orégano. Precisava queimar as calorias, kakaka. Enfim, pegamos a estrada.

E daí chegou a hora do almoço, a melhor parte. Como aquele restaurante italiano que a gente gosta só abre de noite, fomos ao Los Gringos. Adoramos. Rua Gov. Carvalho Pinto, 300.

O ambiente aconchegante, rústico, verde no fundo, fresquinho, as moças que atendiam eram muito carinhosas. Uma chilena, acho que era a dona, foi muito simpática. O pessoal muito atencioso com os idosos e com quem  tem quem tem pets e estávamos com a boa e velha companheira de muitas viagens, a Maya, de 18 anos. Estrela por onde passa.

Como Lis está firme numa dieta, comemos uma salada e carne.

A salada me surpreendeu. Raramente como salada na rua mas essa foi perfeita. Muito fresca, com abacaxi gostoso, presunto parma e um molho com  um toque de mel.

No restaurante moram cinco ( por enquanto, hehe) coelhinhos daqueles lindos embaixo do deck. A Maya ficou alucinada.

Bem ao lado tem um padaria francesa muito charmosa. Bem pequena. Palmier Padaria Francesa

Lá vi um doce que eu adoro, o cannelé, mas acabei não provando.

Tenho certeza de que todos os produtos que saem de lá são ótimos.

Tenho um bom faro para isso, além das vizinhas contarem que desde que abriram essa padaria, tem sido um problema para elas resistirem aos perfumes dos pães de lá.

Não deu tempo de checar se ainda fazem o delicioso bolinho de bacalhau da Estação Eugênio Lefrève. A estação é do tempo dos trens a vapor, de 1916. Lá fica também o Mirante de Nossa Senhora Auxiliadora que é lindo.  

Também não fui visitar de novo o ateliê do  @eduardomiguelpardo, um artista internacionalmente reconhecido. Roteiro do Lajeado km 1, 203. Barreiro. 

Ele escolheu a Serra da Mantiqueira para viver e tem lá um atelier sustentável que é um passeio ótimo.

Seus trabalhos em diversos tipos de madeira são apaixonantes assim como os casos que ele conta.

Um outro programa lindo é visitar o Jardim dos Pinhais Ecco Parque.

Boulevard Araucária com suas lojinhas e cantinhos gostosos para um drink.

Uma dica, na ida, antes da Serra da Mantiqueira, se quiserem fazer uma parada, eu adoro o Empório Serra à Vista.

É um lugar muito bonito, com vários ambientes. Tem um playground muito legal para crianças. Há também uma loja com produtos do tipo delícias de Minas além de muitas casinhas de passarinho, objetos de ferro e pedra.

Adoro as mesas de pedra com bordas rústicas na área onde ficam as bananeiras. Na volta, a paradinha para um café no Leite na Pista também é imperdível.