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Holambra - Entre Flores e Tradições

Como o nome já sugere, Holambra tem a carinha da Holanda.
Tem tamancos por todo lado.
Li que a prefeitura incentiva, com desconto no IPTU, a construção de comércios com fachadas que lembrem a Holanda.
Na verdade, não consegui confirmar isso.
Fui cheia das vontades de experimentar coisas que havia lido. A primeira delas: essa bolacha típica fininha com recheio de caramelo chamada stroopwafel.
Lá tem uma "fábrica" onde a gente pode ver a moça fazendo na hora.
A loja se chama Oma Beepie e fica numa espécie de galeria linda, toda arborizada.
Há várias opções de outras bolachinhas típicas da Holanda.
Ali perto fica outra doceira muito tradicional, desde 1950, a Martin Holandesa.
Holambra, fachada da Martin Holandesa
Um lado da fachada é toda tradicional. Me lembro de ver esses ganchos em muitas casas em Amsterdã. É que eram entrepostos comerciais e os ganchos serviam para içar as cargas.
Não almocei ali, mas adorei a cara dos doces e o cardápio que é muito elogiado.
Holambra, restaurante The Old Dutch.
Deixei para almoçar no The Old Dutch. O restaurante é antigo.
O cardápio dele é muito interessante, cheio de histórias. A decoração cheia de memórias do dono.
Holambra, Eisbein no The Old Dutch
Os pratos são bem fartos.
Nessa hora é chato viajar sozinha. É duro não ter com quem dividir um prato. Pedi uma porção de croquetes de carneiro. Não foi uma boa pedida. O melhor foi observar o Robert, o dono, que fica na porta para se despedir: Almoçaram bem? Daí ele já ouve mil elogios e também já resolve qualquer eventual queixa.
Fiquei ali batendo papo com ele enquanto decidia o que fazer.
Holambra, cópia exata de casa dos pioneiros de 1949.
Acho que o ideal para quem vai pela primeira vez é visitar primeiro o Museu Histórico e Cultural de Holambra.
Aceite a guia! Ela foi ótima e me fez ver coisas que não teria observado.
Você fica imaginando os holandeses saindo de uma época de privações pós-guerra, embarcando num navio com mais vacas do que gente, com a família toda, para vir para um país tão diferente.
Holambra, Museu Histórico e Cultural
Chegando ao Brasil, já na quarentena as vacas foram morrendo, pelo clima, doenças tropicais, carrapatos. O que fazer?
Holambra, cultivo de gladíolos em1956.
Uns anos mais tarde outros imigrantes trouxeram bulbos das Palmas de Santa Rita. Deu certo. Acharam uma saída. Hoje Holambra produz 45% das flores do Brasil. 
Flor jade em Holambra
Minha amiga disse que eu escrevo demais. Vou me conter, prometo. Vale lembrar que aqui é um blog, não um reels ou stories.
Holambra, doce de rosas na Zoet en Zout.
Outra coisa que eu estava doida para experimentar: o doce de rosas. 
Adorei! Muito leve, pouco doce. Perfeito.
E tem também o de flor de laranjeira. O mais conhecido é o da doceira Zoet en Zout.
A doceira fica em frente ao lago, numa rua sem saída. Tem ar condicionado, mesas externas e um banheiro lindo.
Eu queria ter visitado o Moinho dos Povos Unidos, mas não achei lugar para estacionar. Há coisas para fazer ao redor dele.
Deu para parar no Portal da Cidade.
Em seguida tem uma fonte bem bonita. Já aproveite para estacionar.
Holambra, SP
Ali ao redor ficam pontos de visita interessantes.
Esse café eu gostei muito.
Holambra, De Immigrant Café
Na entrada deixam uns tamancos para o pessoal sentir como é calçá-los.
Lá dentro há vários grafites muito bonitos de pessoas da cidade.
Interessante também essa tela de TV (canto direito da foto) com um telefone pendurado onde senhoras holandesas contam sobre a vida delas.
As waffles de lá são ótimas!
É realmente um café cultural.
Outro programa legal foi visitar o Pimentas Sítio Joeljer. Os dois irmãos recebem os visitantes muito bem!
Pimentas Sítio Joeljer, Holambra
Não sei por que, todo mundo fica alvoroçado na hora de degustar as pimentas e geleias. As crianças que vi lá adoraram provar!
Tem uma ordem, da menos picante para aquelas do capeta. Toda a plantação é sem agrotóxicos, não usam conservantes e há uma enorme preocupação com o meio ambiente, captação de água, etc.
Pimentas Sítio Joeljer, Holambra
Os cactos produzem o figo da índia que os passarinhos adoram. Daí eles deixam as pimentas em paz.
Holambra, coração com cadeados
Ao redor do lago é lugar para tirar fotos.
Tudo muito bonito e bem cuidado.
O museu e a rua dos guarda-chuvas ficam bem ali pertinho.
Eu planejei ir à Fazenda Mecenas e depois mudei de ideia. Fui para o Bloemen Park.
É bonito, é novo, mas estava um calorão, gente! Até as fotos saíram um pouco esbranquiçadas.
Eles têm uma ótima infraestrutura, mas parece meio novo demais.
Bloemen Park, cactus parafuso. Holambra.
Acredito que futuramente ficará melhor.
Bloemen Park, restaurante. Holambra
Restaurante enorme. O parque é bem grande e a gente anda bastante.
Na saída tem uma loja boa com plantas e lembrancinhas. Eu mordi a isca.
Comprei um chifre de veado grande por R$ 20,00. Não podia deixar passar, mas arrumei um filho. Ficava preocupada com a planta no carro, no sol, leva pra sombra, banco da frente, porta-malas, leva pro hotel. Ave Maria!
Em resumo, não vi nada de muito curioso, com exceção da árvore choupala, ou árvore mastro. Ela pode chegar a 15 metros de altura. É originária da Índia e eu vi em várias casas em Holambra. Muitos zebuzeiros que foram para a Índia plantaram essas árvores nas entradas de suas fazendas aqui no Brasil.
Hospedei-me no hotel Hotel Stelati em Jaguariúna. Foi perfeito, pois fica pertinho de Holambra.
Hotel Stelati, Jaguariúna.
As meninas do hotel foram muito atenciosas.
A Maria até escolheu um quarto com vista para o jardim de uma casa bonita para mim (201).
Jaguariúna, Hotel Stelati
Sempre é melhor ligar e reservar diretamente.
Jaguariúna, Hotel Stelati. Café da manhã
O café da manhã tem de tudo.
E tudo arrumado com capricho. O quarto tinha um bom tamanho, assim como o banheiro. Não é chique nem nada, mas tudo muito limpo e um serviço excepcional.
Estacionamento bem amplo e fácil.
De noite fui de Uber conhecer o Botequim da Estação.
É enorme, com música ao vivo e eu não via a hora de voltar para o hotel.
Botequim da Estação, trouxinha da Mama, Jaguariúna.
Pedi uma porção interessante e desta vez o motorista do Uber ganhou marmita. Voltei para casa no dia seguinte e não me esqueci da planta! 

Comentários

Cris disse…
Que delícia seu blog!
Sinto que viajo com você.
Adorei os locais, as comidas e vou agendar uma visita para conhecer essa cidade encantadora.
Bjs
Ana Cristina Monteiro Ilkiu

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