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Corumbá - Como é a estrada até lá, o que fazer e onde parar.

 

Estrada para Corumbá
Meu amigo me disse que Corumbá era uma cidade diferente de tudo que eu já conhecia em Mato Grosso do Sul. Ele tinha razão. É uma cidade com muitas nuanças.

Corumbá, MS
Corumbá tem sons de Rio de Janeiro, geografia de Pantanal, rostos da Bolívia e...
... uns toques de Minas Gerais na arquitetura. 
Partimos de Campo Grande, uma cidade que mora no meu coração e cada vez que volto, me surpreendo.
Antes de Anastácio, paramos numa loja simples de artesanatos na estrada. Fica pertinho do Posto de Polícia Ambiental. 
A gente já vai entrando no clima de Pantanal.
Mais adiante, emocionante ver de novo o Morro Paxixi. Ele se destaca. Durante a guerra do Paraguai ele foi um importante ponto estratégico para as tropas brasileiras e paraguaias. Hoje é possível fazer trilhas até um mirante.
Morro do Paxixi, MS
Foi palco do primeiro capítulo da novela Pantanal da Rede Globo quando José Leôncio e seu pai Joventino decidem morar no Pantanal. Na cena eles decidem isto lá em cima observando a beleza do Pantanal.
Mais à frente, sempre paramos no Restaurante e Lanchonete Miranda Zero Hora a caminho da Bodoquena. Não é uma beleza, mas é um alívio esta paradinha.
É parada de ônibus e servem refeições. Reparem nos peixes enormes no "lago" dentro do restaurante.
Só para orientar vocês. Até agora, este foi o percurso. O morro do Paxixi não aparece, mas fica entre o artesanato e Anastácio.
Vimos fazendas lindas, bem cuidadas e também aprendi que há muitas espécies de plantas de fora que estão invadindo os pastos de tal forma que fica inviável financeiramente para os fazendeiros qualquer atitude para acabar com elas. A aromita é um exemplo. Foi um privilégio mais uma vez viajar com gente da terra que conhece cada cantinho da estrada, sabe quem são os donos das fazendas, suas histórias e me contam o lado B da vida. 
Outra curiosidade foi esta ponte, igual a muitas outras na estrada, onde embaixo se concentram centenas de jacarés. Coloque no Google: Maria do Jacaré.
Antes a tal Maria os alimentava com pedaços de frango. É meio estressante por causa dos caminhões e do absurdo de pernilongos. Eu até comprei um repelente só para esta parada que dizem ser o único capaz de dar um fim neles, o Exposis.
Foi assustador. Nunca vivi nada igual. Fora que eles entram no carro e a gente fica ainda uma meia hora matando pernilongo depois que sai de lá. Por este motivo, por não termos tido sossego de ver os jacarés com calma, paramos na ida e na volta, quando pude tirar umas fotos melhores.
Mais adiante, a porteira do Morro do Azeite Ecolodge estava aberta e arriscamos entrar para conhecer. Não é época de pesca e estavam em manutenção.
Morro do Azeite Ecolodge, MS
Tirei umas fotos e logo veio um funcionário pedindo para a gente sair. Estava coberto de razão. Só agora me dei conta de que nunca havia visitado um pesqueiro. Minha amiga é pescadora raiz, mas eu nunca tive oportunidade. Só piranha e lambari mesmo. 
Morro do Azeite Ecolodge, MS
As instalaçoes são bonitas e há todo o aparato necessário para facilitar a vida dos hóspedes.
Fica no Rio Miranda.
Ponte antiga do Passo do Lontra, MS
Depois pegamos um trecho de terra da Estrada Parque Pantanal Mato Grosso do Sul e fomos até uma ponte sobre o Rio Miranda.
Uma bela cena com os barcos parados aguardando a temporada de pesca.
Ponte antiga do Passo do Lontra, MS
A ponte do Passo do Lontra é muito interessante e dá para ver a antiga ponte de madeira embaixo. Hoje é usada como uma passarela para pedestres e evita que barcos muito grandes naveguem por ali. 
Base de Estudos do Pantanal- UFMS
Fomos até à Base de Estudos do Pantanal- UFMS, ali perto. Meu amigo foi o engenheiro que construiu tudo isto aí.
Base de Estudos do Pantanal- UFMS
Foi numa época em que tudo tinha que vir de barco, há 47 anos. O material vinha pelo Rio Miranda que passa bem ao lado e porisso tudo foi construído sobre pilotis. Ele ficou muito orgulhoso de ver que está tudo inteiro e funcionando ainda. Nas nossas viagens acabei conhecendo muitas obras que ele fez e, por incrível que pareça, ele sempre encontra algum antigo funcionário e é muito lembrado. Fico toda orgulhosa.  Imaginem ele! 
É um centro de pesquisa e desenvolvimento muito completo e complexo. Leia 
AQUI para saber mais.
Nesta região conheci uma árvore que se chama Paratudo. Na seca ela dá muitas flores e transforma a região num verdadeiro jardim. Passei por tantas, mas em movimento as fotos saíram péssimas. O nome é porque as diversas partes da planta servem de remédio para praticamente tudo. Paratudo ou Ipê-amarelo ( Tabebuia caraiba). O pantaneiro masca a casca no campo ou põe na água para problemas de estômago e fígado, amarelão, vermes, diabetes, febre, malária; a folha tostada substitui o mate. Um monte delas juntas é chamado de paratudal. As flores do Ipê-amarelo são comestíveis para o gado, aves, para o homem, macacos e  veados.
Atravessamos o Rio Paraguai! E em seguida paramos para abastecer e conheci o banheiro mais encardido da minha vida. Por outro lado, tinha uma chipa quentinha muito boa. Faz parte. Eu curto todos os momentos, raramente cochilo nas viagens, não quero perder nada. Em seguida, fica o Pesqueiro da Odila, uma querida que vim a conhecer em Corumbá. Contarei no próximo post.
Na estrada, muitos caminhões das mineradoras que existem nas montanhas ali perto.
Minério de ferro próximo a Corumbá, MS.
Nosso carro ficou vermelho de minério de ferro.
As montanhas contêm ferro e o manganês fica por dentro. Como um bombom, diz meu amigo. O movimento dos caminhões na estrada é realmente impressionante. Há também uma enorme fábrica de cimento da Votorantim, entre outras.
Base Fluvial da Marinha Brasileira em Ladário, MS
Demos uma passadinha por Ladário só para dizer que conheci. Lá há uma Base Fluvial da Marinha Brasileira. Foi concluída em 1874. Tem um vídeo AQUI sobre o trabalho bonito que a Marinha faz lá. Eles não só protegem nossa fronteira como também o Pantanal e os moradores ribeirinhos. Atuam na água, ar e terra.
Casarão de 1901 em Ladário, MS
Uma base tão antiga explica os casarões que vimos por lá.  Aliás, nesta época havia mais estrangeiros do que brasileiros morando na cidade. 
Passamos em frente ao hotel Candeias Gold Fish que seria uma opção de hospedagem para nós. Fica bem em frente ao rio, mas achamos melhor ficar mesmo em Corumbá. Continua no próximo post. 
De Campo Grande a Corumbá de carro com paradas interessantes

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