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Lima - Centro Histórico

Fonte de bronze de 1651, Plaza de Armas, Lima, Perú.
Se tem uma dica valiosa é fazer esse passeio num domingo. Neste dia fica tudo mais fácil, principalmente o acesso. Aos domingos há mais turistas, muito policiamento e os pontos turísticos ficam abertos. É tanta coisa para ver que não sei nem por onde começar. Muitas dessas edificações foram destruídas no grande terremoto de 1746, mas foram restauradas aos poucos.
Se você chegou até aqui e pretende visitar Lima, aqui vai um guia:
O que tem para fazer. Clique AQUI
Restaurantes e comidas típicas peruanas AQUI
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A Plaza de Armas, como é conhecida hoje, ou Plaza Mayor como era originalmente chamada, foi palco de inúmeros eventos históricos que mudaram a história do Peru desde touradas a execuções de condenados pela inquisição espanhola, além da proclamação da independência do Peru. Antigamente era a praça da cidade pré-hispânica de Lima, onde em 1535 o conquistador do Peru, Don Francisco Pizarro, fundou uma nova capital para o país que chamou de "Cidade dos Reis". O lugar já era povoado antes da chegada dos espanhóis. 

Cerro San Cristóbal, Lima.
Como fiel guardião há o Cerro San Cristóbal com o seu cruzeiro no topo do morro. Na fundação de Lima, Francisco Pizarro já mandou começarem a construção de uma igreja maior.
A catedral atual é a terceira igreja levantada sobre o mesmo terreno.
Eu a visitei por dentro.
Catedral de Lima, Peru.
Impossível descrever tudo aqui.
Existem 13 capelas nas laterais, além de altares.
Capela dentro da Catedral de Lima.
Todas são extremamente rebuscadas.
Muitas possuem as criptas embaixo abertas para visitação.
Algumas dessas capelas foram encomendadas por famílias para enterrar seus parentes. Há também uma cripta onde estão sepultados vários arcebispos de Lima.
A primeira capela abriga os restos mortais do então Governador Marquês Francisco Pizarro.
Há nela os ossos autênticos dele e mosaicos venezianos com cenas dos descobrimento do Perú.
Catedral de Lima
A catedral sofreu com os muitos terremotos e sua parte externa foi inspirada na catedral de Sevilla. Há lá dentro um Museu de Arte Religioso com pinturas, esculturas e ornamentos litúrgicos de valor inestimável.
O ingresso para visita à catedral dá direito a visitar o Palácio  Arquiepiscopal ao lado dela. Não sabia disso quando comprei o ingresso. Eu entrei lá para me sentar e descansar. Deu para ver uma escadaria linda. Belo passeio que não aguentei fazer.
O palácio é de 1922. É a residência do arcebispo de Lima.
Fui vencida pelo cansaço. Deve ser mais interessante até do que a catedral. Impressionante a arquitetura dos balcões talhados em madeira. 
Palacio de la Unión, Lima, Peru.
Na calçada oposta, outro prédio chama a atenção, o Palacio de La Unión que foi inaugurado em 1942.
Ele abriga uma associação civil peruana sem fins lucrativos, o Club de la Unión.
 O clube foi fundado em 1868 com vários fundadores proeminentes. O clube tem também uma sede de praia do Bairro de Santa Rosa. Que tipo de clube é esse, gente?
Prefeitura de Lima, Peru
Palácio Municipal, onde funciona a prefeitura de Lima.
Cheguei justo na hora da troca da guarda do Palácio do Governo, com banda tocando e muita gente na frente.
Palácio do Governo de Lima, Peru.
O prédio é de 1938 e foi reformado após um incêndio.
Representa toda a influência e grandeza da colonização espanhola no Peru.
Pizarro construiu o palácio como seu lar usando vidros franceses, cristais tchecos, entre outros. Desde então é sede do governo peruano. Pode-se visitar agendando com 48hs de antecedência. A troca da guarda acontece todos os dias, às 11:45h. Uma vez por mês, a troca de guarda é completa com a guarda de cavalaria e fazem um espetáculo mais turístico.
Bar e Restaurante Cordano, Lima.
Ali ao lado, fica o Bar e Restaurante Cordano, de 1905, sobre o qual falei AQUI. Não deixe de passar por lá (pelo bar) e de ler sobre as comidas e restaurantes de Lima no mesmo post.
Outro conjunto importantíssimo e dos mais antigos no centro de Lima é o Museu & Catacumbas do Convento São Francisco, fundado em 1546 e reconstruído pela última vez em 1642. A área foi dada por Pizarro para a Ordem Franciscana, no ano da fundação da cidade. O tour pelo convento é bem interessante e é feito em inglês e espanhol, separadamente. Eu cheguei até à porta, mas também não tive forças para visitar. Tem azulejos sevilhanos pintados, arte da escola cusqueña e o quadro da Última Ceia com elementos da cultura peruana, pintado por um padre jesuíta. A Biblioteca é incrível, com milhares de volumes de obras raras. Tem as  famosas catacumbas com milhares de ossos e caveiras onde os limeños faziam questão de ser enterrados para estar mais perto de Deus.
 Ao longo dos anos tornou-se o maior conjunto arquitetônico da cidade.
É tudo muito pertinho. Na saída do convento, dê uma entradinha no Parque da Muralha, debruçado no rio Rímac (que nem sempre tem água correndo) para ver a muralha construída pelos espanhóis para proteger a cidade de ataques piratas ou invasões inimigas. Quando a cidade foi colônia espanhola era toda cercada pela muralha e, por isto, até hoje o nome do distrito é Cercado de Lima.
Nas ruas ali perto já dá para ver gente andando e comendo os churros San Francisco. Fica na Jiron Lampa 268. Também contei sobre eles AQUI. Deve haver até uma pequena fila na porta.
Convento de Santo Domingo, Lima.
Escolhi visitar o 
Convento de Santo Domingo.
Santa Rosa de Lima
Lá o guia contou sobre 
a primeira santa do continente, Santa Rosa de Lima, San Martín de Porres e San Juan Macías. Suas relíquias são guardadas no mosteiro.
Muitas histórias interessantes e veneração por esses santos. Gostei muito. Será que atualmente ainda existem pessoas assim, que se tornarão santos?
Convento de Santo Domingo, Lima
Belo claustro revestido de azulejos, a maioria deles feita em 1606.
A sala capitular, onde em 1551 a Universidade San Marcos deu suas primeiras aulas, a primeira na América.
Abaixo dela, a tumba onde foram enterrados Santa Rosa e San Martin. Eu não desci. Uma tumba por dia (a da catedral) já está bom.
Há uma capela dedicada a San Martin, também conhecido como o santo da vassoura e outro à memória de Santa Rosa de Lima.
Filmes sobre San Martin, Peru.
Existem dois filmes sobre San Martin.
Biblioteca linda com 25.000 volumes.
O campanário estava em obras e não pude ver a vista privilegiada do centro histórico.
Convento de Santo Domingo, Lima
É um passeio muito informativo e me deixei envolver pelas histórias dos santos. 
Casa Aliaga, Lima
Me esforcei para achar a Casa Aliaga, famosa e sempre citada. É meio chato para marcar a visita e não quis fazê-lo. Tem que marcar hora mesmo, guia oficial e tudo. A mansão é a casa mais antiga da cidade e, até hoje, pertence à mesma família desde a fundação oficial da cidade. São 16 gerações por mais de 480 anos. O local foi dado por Pizarro a Jeromimo de Aliaga, um dos seus braços direito no governo. Além da história familiar, mostra os estilos de vida de vários séculos, muita arte, móveis, deve ser muitíssimo interessante. Foi reconstruída depois de vários terremotos e pode-se conhecer como era viver na Lima colonial e republicana.
Bom, outras coisas que eu não vi lá e que deveria ter visto, vou deixar registrado aqui para uma segunda visita. Mercado Central e Barrio Chino. A Jirón Ica Ucayali, rua mais linda do centro e agora, depois de intensa reforma, se tornou uma rua somente para pedestres. Lá, segundo li, existem as fachadas mais bonitas do centro. A rua tem dezenas de mansões, como o Palácio Torre Tagle. É coisa para ver, não para visitar. Há diversos balcões, pátios internos e grades de extrema beleza. Nesta rua também está a Casa Aspillaga, que hoje é um centro cultural e sempre tem interessantes exposições gratuitas. Plaza San Martín: esta eu achei que conseguiria para no mínimo ver por fora o emblemático Gran Hotel Bolívar. Projetado pelo famoso arquiteto peruano Rafael Marquina, foi construído em 1924 e foi o primeiro grande e moderno hotel construído em Lima. Parte de um programa de modernização de Lima, o hotel foi construído em uma propriedade do Estado. O hotel foi inaugurado em 6 de dezembro de 1924, em homenagem ao centenário da Batalha de Ayacucho, um encontro militar decisivo durante a Guerra da Independência do Peru. A própria praça foi inaugurada em 27 de julho de 1921, em comemoração ao 100º aniversário da independência do Peru. Nas décadas de 1940 e 1950, o hotel atraiu estrelas do cinema de Hollywood como Orson Welles , Ava Gardner e John Wayne, onde muitos também descobriram o coquetel local, o Pisco Sour . Ah, e faltou o Parque das Águas e o Olivar. Vou ter que voltar!

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